título

Híbrido
ISBN:
978-989-96783-4-7

Data de Publicação:
Novembro de 2010
Descrição:

O termo híbrido, não pertencendo a qualquer novo dicionário da configuração do conhecimento ou das práticas (porque desde sempre houve situações, coisas, contextos híbridas), não só não se apagou nem diluiu como tem sido operacionalizado repetida e sistematicamente na construção ou descrição dos objectos, práticas e processos da contemporaneidade. Neste sentido, o híbrido escapou aos campos específicos em que estava circunscrito enquanto conceito – o campo mitológico-religioso e o campo científico –, onde representava um «resto», «uma excepção», o retrato do que não se deixa catalogar ou arrumar dentro da ordem normal das coisas, para se apresentar na actualidade como norma global de «desarrumação das coisas», gramática ou mesmo «paradigma» para definir todas as zonas de fronteira e de cruzamento emergentes na sociedade contemporânea. Mas que significados encerra a palavra híbrido? Enquanto conceito, que ligações estabelece com outras noções, como monstro, mestiço, heterogéneo? O que tornará híbrido numa palavra mais ou menos adequada para descrever os fenómenos resultantes deste intenso apelo à mistura que caracteriza a nossa sociedade actual? Que controvérsias científicas (das ciências exactas às ciências sociais) se desenvolveram em torno do conceito? Enquanto processo intencional de construção do mundo, traduzirá um mero produto discursivo, uma «ficção minoritária» construída por uma classe de cosmopolitas emergente, não representativa da realidade global? Trata-se de uma «moda»? Uma «fórmula de mercado»? Enquanto dinâmica social, faz parte da história longa ou é um fenómeno recente? Manifesta-se por ciclos? Toma a história como collage ou como sampler? Com que noções de cultura lida? Como é que o híbrido afecta os quotidianos individuais de cada um? Que novas performatividades contempla? Representa perigo, perda e degeneração de identidades, ou vitalidade e força dos processos identitários? Remete para a carnavalesca arena da diversidade ou da mimesis? Como theatron, ele é, afinal paradigma, ou novo mito da contemporaneidade?


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